E as despedidas de 2015 começam enquanto arrumo minha mala pra viagem do Réveillon. Enquanto olho ao redor e decido o que entra na mala e o que fica fora, olho também pra 2015 pra decidir o que quero levar pro ano que chega.
Canga entra na mala. Canga é a coisa mais versátil que tem. Na areia vira lençol, depois do banho de mar vira toalha, no frio vira cobertor, segura o cabelo do vento, esconde da chuva, vira saia, vira vestido… Versatilidade vai pra 2016; principalmente amigos versáteis. Aqueles que estão lá quando o sol tá brilhando e a festa bombando. E continuam quando a chuva cai, a tristeza bate, as dúvidas e incertezas consomem.
Livro entra na mala. Ler é conhecer outras realidades, viver o que vivem os personagens, sentir o que eles sentem. Lendo a gente aprende a ter empatia. E empatia nos faz pessoas melhores e mais tolerantes… nada como tentar entender os motivos do outro antes de qualquer reação! Empatia vai pra 2016.
Boné entra na mala. Por mais lindo que seja o sol, um pouco de sombra sempre vai bem, o negócio é equilibrar e equilíbrio vai pra 2016, sim!
Guarda chuva tem que entrar também. Tem hora que é bom dançar na chuva, mas é bom saber que você tem escolha de não fazê-lo caso esteja resfriado. Fazer escolhas e saber viver com o ônus e bônus de cada uma delas… isso vai na bagagem pra 2016.
Fone de ouvido entra… dançar e cantar espanta qualquer mal! Bolsa que deixa as mãos livres entra também. Livres pra dançar e abraçar. Livres até pra aparar os tombos – inevitáveis esse aí. Liberdade vai pra 2016.
Salto não entra na mala, não escolho mais nada que me machuque. E assim fica em 2015 aquilo que machucou… e tem coisa que machuca mais que expectativa frustrada? Junto com o salto ficam a agenda e a to-do list. Ao invés de planos frustrados, 2016 será cheio de oportunidades aproveitadas – dessas oportunidades que passam voando na nossa porta e a gente tem que abraçar logo, antes que seja tarde.
Infelizmente na vida tem também aquelas coisas que machucam, mas que não nos cabe escolher. Então band-aid vai pra mala e pra alma.
E no fim a mala vai leve e fácil de ser carregada, que eu não quero me cansar ou me atrasar pra festa por causa disso. 2015, foi bom te ter por aqui… nem precisava ir embora tão rápido, mas já que não me cabe escolher quando você vai, o jeito foi abraçar a oportunidade de me despedir de você da melhor maneira possível!!!
Paula Coury.
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